Estudo de Observação de Transporte de Crianças no Automóvel
Desde 1996 que a APSI realiza o Estudo de Observação de Transporte de Crianças em Automóveis Ligeiros em Autoestrada, tendo passado de anual para trienal a partir de 2018. O último Estudo tinha tido lugar em 2021. A recolha de dados, com vista à realização da edição deste ano foi efetuada no dia 14 de julho, nas Portagens de Alverca, Grijó e Pinhal Novo.
Quer por ser obrigatório por lei, quer por verdadeira noção do perigo, o Estudo revela que, maioritariamente (86,3%), as famílias respeitam a importância de transportar as suas crianças em Sistemas de Retenção para Crianças (SRC). Contudo, é ainda muito preocupante percebermos que nem todas o fazem de forma correta.
Sabendo que um SRC desadequado, não tem a mesma eficácia na proteção da criança, em caso de acidente, a APSI considera que o reforço de informação credível e isenta é indispensável e, por isso, permanece ao inteiro dispor de todos para prestar os esclarecimentos e a ajuda de que necessitarem, nomeadamente, através do Canal Famílias: basta enviar email para canalfamilias@apsi.org.pt com a sua questão e o maior número de detalhes possível sobre a situação que quer ver esclarecida, para que uma das nossas técnicas de segurança infantil lhe preste a ajuda que precisa, de forma completamente gratuita.
Relembrando que os acidentes rodoviários são a 1ª causa de morte acidental de crianças e jovens em Portugal (de acordo com o Relatório de Avaliação – 30 anos de Segurança Infantil em Portugal, lançado em 2022: uma média de 66 crianças perde a vida anualmente em acidentes, cerca de 60% deles rodoviários), partilhamos o referido Estudo e as suas principais conclusões, das quais destacamos:
• Apesar de ter vindo a aumentar, nos últimos anos, a percentagem de crianças devidamente protegidas não vai além dos 59%.
• Os erros na escolha e instalação dos SRC têm vindo a diminuir, apresentando uma taxa de utilização correta de 68,5%.
• Quase 14% das crianças ainda viaja em autoestradas sem qualquer forma de retenção. No grupo das crianças mais velhas, essa percentagem sobe para mais de 16%.
• Apesar da recomendação para que as crianças viajem voltadas para trás até ao mais tarde possível, entre os 0 e os 3 anos, apenas em 38% isso é uma realidade.
A APSI agradece a colaboração da Brisa e a participação de todos/as os/as voluntários/as que estiveram envolvidos/as nas observações e no tratamento dos dados.
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