Comunicado do Presidente da Direção da APSI
Caros associados e outros leitores,
Hoje venho recordar-vos o que é a APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil criada em 1992 e que ao longo destes 32 anos de atividade tem promovido e lutado pela segurança das crianças e jovens em Portugal.
Apesar de ser uma IPSS a APSI não recebe subsídios estatais sobrevivendo das quotizações dos associados e do financiamento de projetos e iniciativas – nacionais e internacionais – que promove e/ou participa.
O reconhecimento do nosso trabalho no país e além-fronteiras tem sido obtido pelas nossas iniciativas na área da segurança rodoviária — transporte de crianças no automóvel e transporte coletivo de crianças — tendo sido pioneira na formação de profissionais de saúde e motoristas nesta área. Igualmente as campanhas de prevenção dos afogamentos em piscinas e outros planos de água têm obtido grande notoriedade tendo ao longo dos anos contado com parceiros importantes — como é o caso desde 2022, da GNR. A APSI também realiza com regularidade estudos que são únicos no país (utilização de cadeirinhas no automóvel, afogamentos, quedas...). Pode também ser atribuída à APSI a "responsabilidade" de alguma legislação e normas que existem em Portugal, como a redução do IVA das cadeirinhas, regulamentos para a segurança das balizas e espaços de jogo e recreio, vedações para piscinas, guardas para varandas...
Na última década a APSI tem também desenvolvido inúmeros projetos e iniciativas comunitárias de base local, em consórcio com outros parceiros, na área da mobilidade ativa e promoção do brincar na rua e ao ar livre, de que são exemplo, o SigAPÉ e o Brincapé.
Mais recentemente temos estado envolvidos em projetos transnacionais na área da proteção dos consumidores e segurança de produtos, entre os quais, o e-COM 4 CHILDREN, o CounterRisk e o Safe or Fake? From school to university.
Muito temos feito e bem mais gostaríamos de fazer, mas com uma equipa pequena e orçamentos reduzidos torna-se difícil abarcar todos os pedidos e concretizar todas as ideias. De notar que a maioria dos financiamentos para projetos são atribuídos por concurso e muitas vezes as classificações dos concorrentes nem sempre são claras.
A equipa da APSI é constituída por 6 elementos não sendo todos técnicos especialistas de segurança infantil. Os pareceres e conselhos que somos chamados a dar são sempre elaborados por técnicos de segurança com larga experiência, por vezes com necessidade de consulta de fontes fidedignas e discussão com outros parceiros. Esta maneira de trabalhar ocupa tempo e recursos que são sempre escassos face às necessidades e que nem sempre se coaduna com a urgência de quem nos procura.
Vem isto a propósito dos frequentes contactos que famílias e alguns profissionais fazem. Muitas das questões que nos são colocadas podem ser respondidas sem dificuldade, graças à larga experiência adquirida, mas outras requerem investigação e pesquisas adicionais. Temos verificado que empresas e outras organizações também nos contactam pedindo opinião e conselhos para esclarecimentos a clientes e outras entidades exigindo resposta imediata e mostrando algum desagrado quando lhes transmitimos que as nossas respostas carecem de análise de técnicos que, não sendo muitos, podem ter em mãos pedidos dos nossos associados, que têm e terão sempre prioridade, ou de utilizadores do Canal Famílias (serviço gratuito que conta com o patrocínio da MUDUM), o meio privilegiado de contacto para esclarecimento de questões. Mais uma vez os recursos humanos e o tempo são limitados.
Umas notas finais.
A APSI tudo faz e continuará a fazer para promover a segurança infantil de crianças e jovens em Portugal na medida dos escassos recursos que detém. Os técnicos nesta área não abundam e o recrutamento é extremamente difícil.
Ah!, aos nossos associados – particulares, empresas e outros organismos – e aos nossos parceiros, um Obrigado muito especial pelo suporte que nos têm dado ao longo dos anos.
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