São mais de 20 anos de Campanhas de Prevenção de Afogamentos de Crianças e Jovens em Portugal.
Mais de 2 décadas de luta contra aquela que é, ainda hoje, a 2ª causa de morte acidental de menores, no nosso país. Luta a que, desde 2022, se nos juntou a Guarda Nacional Republicana, que também nunca perdeu de vista este problema de saúde pública em Portugal.
Era com esperança que a APSI vinha a verificar, através do estudo e análise da evolução anual deste tipo de acidente no nosso país, o decréscimo das mortes por afogamento, desde o lançamento da sua primeira Campanha em 2003.
Mas, os do último triénio, de que há dados oficiais, foram um verdadeiro murro no estômago!
Se esta frase soar a alarmismo, é só porque estamos, efetivamente, alarmados.
A média anual de mortes de crianças e jovens, por afogamento, entre 2017 e 2019, foi 7,3.
A média anual de mortes de crianças e jovens, por afogamento, entre 2020 e 2022, mais que duplicou, sendo 15.
São 45 vidas que, ainda no seu início, se perderam, nestes três anos.
Há, recentemente, quase meia centena de famílias para as quais a água deixou de ser sinónimo de descontração e momentos felizes. Quase meia centena de mortes que fizeram ultrapassar as 3 centenas, desde 2002.
E se estas 305 mortes são o facto mais visível e mais doloroso deste problema, não nos esqueçamos de todas as vítimas de afogamentos não fatais que, em segundos, viram tudo mudar para assistirem a que tudo permaneça na mesma!
É urgente que a sociedade desperte para um problema que se arrasta há décadas. Porque é urgente que exijamos que as medidas preventivas, sobejamente conhecidas e dadas a conhecer aos decisores deste país, sejam implementadas.
Esta é 22ª Campanha de Prevenção de Afogamentos de Crianças e Jovens, a 2ª em que contamos com a Havas, com a sua criatividade, o seu profissionalismo e sobretudo com a entrega a esta causa.
Felizmente, há sempre muitos agradecimentos a fazer para que esta Campanha chegue a quem tem de chegar, mas este ano temos um muito especial a fazer aos corajosos (e respetivas famílias) que deram tudo, trocando o que poderia ter sido um Dia da Criança cheio de brincadeira, para nos virem ajudar a salvar vidas.
Afonso, Alice, Amélia, António, Ariana, Carolina A., Carolina P., Eduardo, Eric, Francisco, Gaspar, Gonçalo, João, Laura, Leonor, Letícia, Madalena, Manuel, Margarida, Matilde, Miguel, Rodrigo, Stella, Teresa, Tiago e Xavier: OBRIGADA!
Que fique registado que entraram oficialmente para a lista dos nossos super-heróis (dos que salvam vidas a sério! Não como nos filmes...) favoritos.
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